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PEDRINHA DO RIO

Se a vida ousasse ser
O meu sonho ao acordar
Jamais podia esquecer
Que vivo de amor a cantar

Quem ama e vive a cantar
Esconde a dor que sente
A luz que lá do alto brilha
É amiga que não me mente

Companheira da escuridão
Abre as portas de par em par
Quando na noite de lua cheia
Transforma semente em grão

Se a vida pudesse adivinhar
As cartas que lhe enviei
O tempo a iria lembrar
Da paixão com que te esperei

Naquela tarde encantada
Eu risonha e serena… no meu seio te acolhi
Como rainha coroada
Noite fora já cansada, adormeci

Durinda Paiva – Setembro 2024