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SER

Esta centelha divina
Que carrego no meu peito
É luz da minha vida
Que me guia desse jeito

Estranha forma de ser
Por certo nasceu comigo
Não a pude esconder
E me encontrei contigo

Vesti-me de luz e cor
Perfumei-me com jasmim
Escondeste a tua dor
Quando olhas-te para mim

Em teu corpo me abandonei
Nos momentos de paixão
Deste-me o melhor de ti
Mudaste o meu coração

Fui morada para habitares
De dia e ao anoitecer
Cama para descansares
Estranha forma de ser

De coração partido
Feridas por sarar
Tomei o teu partido
Deixei- me apaixonar

Na ilusão não há sofrer
Eu voltei acreditar
Que gostavas do meu ser
Que te ias apaixonar

Não vou acreditar
Que o amor acabe assim
Será o tempo a mudar
Ou já não gostas de mim

Descontente vejo agora
Já não sou a novidade
Mas o que ainda sobra
Aprendi-o com a idade

Durante a caminhada
Não escolhi a clausura
Nos ciclos há mudança
A igualdade não perdura

O princípio eu já conheço
Sou em ti e tu em mim
Cada dia, novo começo
Meu amor não tem fim!

LIVRO VIDA E ALMA 2020
DURINDA CLARA PAIVA

POEMA LIBERDADE

Ainda andava de tranças
Pela calada da noite
Na aurora das crianças
Pintei – te a vermelho
No meu vestido velho
Abril de águas mil
Plantado no meu craveiro
Liberdade palavra proibida
Aguda e grave eras furtiva
Somente falada em surdina
Sob o céu moldado
Em segredo cantei à
Liberdade.
Na beira do rio ferido
Só a água me pode ter ouvido
Em Abril morri e renasci
Mil vezes parti, tão longe de ti
Em abril te encontrei
E tu a mim!

Livro Vida e Alma
2020 Durinda Clara Paiva