Liberdade
Chamei o teu nome
Quando andava de tranças
Pela calada da noite
Na aurora das crianças
Pintei –te a vermelho
No meu vestido velho
Abril de águas mil
Plantado no meu craveiro
Palavra mal parida
Aguda e grave cai
Dita em surdina
Sob o céu moldado
Cantei à liberdade
Na beira do rio ferido
Em segredo
Só água pode ter ouvido
Em Abril morri e renasci
Mil vezes parti, tão longe de ti
Em abril te encontrei
E tu a mim!
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DUDA /2020